O lixo na Guiné-Bissau é um problema sério. Algum do lixo é queimado, mas a maioria vai-se acumulando numa imundice que se espalha por toda a cidade e todo o país. Não há sistema de recolha de lixo e as pessoas não estão habituadas a recolher o lixo ou juntá-lo em contentores (que também não existem). Assim, os sacos de plástico, latas, embalagens, papéis, restos de comida, são deitados ao chão sem qualquer preocupação com a saúde pública. Em qualquer rua por onde se passe, vê-se o lixo espalhado pelo chão. Com alguma frequência junta-se o lixo em montinhos e fazem-se queimadas que aumentam significativamente os níveis de poluição e doenças respiratórias.
Para tentar ajudar a resolver um pouco desta questão, surgiu o projecto "Limpa Bissau" decorrente de uma parceria entre UCCLA (União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas), a Câmara Municipal de Bissau e a Cooperação Portuguesa. 
O PASEG (Programa de Apoio ao Sistema Educativo da Guiné-Bissau) colabora com o projecto no âmbito da ESCOLA LIMPA. Todas as escolas de Ensino Básico Unificado e Liceus de Bissau onde o PASEG actua estão a ser equipados com materiais e ferramentas para a limpeza das escolas. Simultaneamente, a campanha ESCOLA LIMPA pretende sensibilizar e mobilizar os alunos para manterem a sua escola limpa. Há diversas actividades a decorrer nas escolas e também fora delas, nomeadamente nas actividades das Oficinas em Língua Portuguesa.
Há ainda spots publicitários e apelos na Rádio Bombolom 106.2 MHZ no programa do PASEG "Outras vozes também vossas" (de 2ªf a 6ªf entre as 17h45 e as 18h15); Artigos no jornal "Nô Pincha" de Bissau; Peças de Teatro escolar "As vigarices do Sr. Lixo"; Concurso de murais; Concurso de Esculturas, Actividades de valorização dos espaços verdes das escolas e da cidade. Temos também diversas formações sobre reutilização de materiais, nomeadamente latas de refrigerantes e também sobre compostagem.
Eu participarei em algumas destas actividades, nomeadamente nos consursos e também na minha "Oficina artística" na EBU Salvador Allende. 
1 comentário:
Por um lado é terrivel o facto das pessoas ainda não terem entendido o grave para a saúde publica que pode ser essa situação, mas por outro deve ser gratificante iniciar uma campanha a este nível e vê-la desabrochar em resultados positivos.Parabéns!
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